Agronegócios
Cotação do milho volta a subir no Brasil com demanda ainda aquecida para rações
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A terça-feira (10) chegou ao final com os preços do milho subindo e descendo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Castro/PR (1,32% e preço de R$ 77,00), São Gabriel do Oeste/MS (1,41% e preço de R$ 72,00), Tangará da Serra/MT (1,47% e preço de R$ 69,00), Campo Novo do Parecis/MT (1,49% e preço de R$ 68,00), Oeste da Bahia (1,54% e preço de R$ 66,00) e Brasília/DF (3,28% e preço de R$ 63,00)
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Amambaí/MS (1,32% e preço de R$ 75,00), Dourados/MS (1,33% e preço de R$ 74,00), Cascavel/PR (1,43% e preço de R$ 69,00), Cafelândia/PR (1,46% e preço de R$ 67,50) e Ponta Grossa/PR (2,56% e preço de R$ 76,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, “os compradores estão recuados dos negócios no mercado físico desde o final da semana anterior. A queda do dólar e o recuo do risco Brasil sugerem a entrada de capital estrangeiro no país, o que deve manter o câmbio pressionado para baixo”.
Ainda nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de novembro e apontou que a área cultivada com milho nesta primeira safra (verão) deve ser 2% menor do que o registrado na temporada passada. Até o momento, 50% das lavouras foram semeadas e os trabalhos devem se estender até janeiro de 2021.
A publicação explica que, em algumas áreas, o clima tem sido seco e com baixa umidade nos solos, dificultando o cultivo. Apesar disso, “a possibilidade de cultivo de milho em um segundo e até em um terceiro momento da safra atenuam e explicam a diminuição das áreas de milho nessa primeira safra”.
No total das três safras, a Conab estima que o Brasil irá cultivar 18.442,2 mil hectares e atingir a produção total de 104,9 milhões de toneladas, patamar 2,3% maior do que o que foi registrado no ciclo 2019/20.
B3
Os preços futuros do milho tiveram movimentações de alta durante toda a terça-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,06% e 2,56% por volta das 17h14 (horário de Brasília).
O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 81,83 com ganho de 0,47%, o janeiro/21 valia R$ 82,89 com alta de 0,58%, o março/21 era negociado por R$ 81,90 com elevação de 0,06% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,14 com valorização de 2,56%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira acompanhou Chicago e recuperou posições do lado positivo.“O Brasil é exportador e segue embarcando, mesmo tendo um aperto no abastecimento interno”, diz.
Brandalizze destaca também que as compras internas seguem acontecendo. “São as últimas compras do setor de ração antes das férias coletivas. Depois vai ficar todo mundo de olho nas chuvas para a safra de verão”.
+ Milho com forte demanda e nova alta
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro dispararam na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 13,75 e 15,75 pontos ao final do dia.
O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,23 com elevação de 15,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,31 com valorização de 15,75 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,34 com ganho de 15,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,35 com alta de 13,75 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 3,93% para o dezembro/20, de 3,86% para o março/21, de 3,58% para o maio/21 e de 3,33% para o julho/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na terça-feira, os mercados agrícolas do CME Group reagiram positivamente ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que restringiu os estoques em seu relatório de oferta/demanda de novembro.
A produção norte-americana caiu de 374 para 368,5 milhões de toneladas, com os estoques finais passando de 55 para 43,23 milhões de toneladas. Do mesmo modo, do lado da demanda, as exportações passaram de 59,06 para impressionantes 67,31 milhões de toneladas.
Além disso, nesta terça-feira, exportadores privados informaram ao USDA as vendas de exportação de 130.000 toneladas de milho para entrega à Coréia do Sul durante a campanha de comercialização de 2020/2021.
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas